2012 - O filme

Posted: quinta-feira, 26 de novembro de 2009 by Marcelo Augusto in
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2012 é um filme de desastre universal. O filme mostra o mundo sendo destruído de forma suntuosa, inacreditável e ás vezes ilógica. Mas mesmo assim, 2012 continua sendo um filme de desastre universal e ponto. Por que reclamar tanto de um filme? Acho que está ocorrendo uma nítida má confusão entre gêneros e pesperctivas. O filme realmente possui personagens risíveis, falas e momentos clichês, mas mesmo assim, se adequa ao tema que conduz: catástrofe terrestre.

O maior pecado do filme é ter feito uma propaganda enganosa: quanto se foi dito sobre tantas mitologias acerca de que o mundo acabaria em 2012? Elas simplesmente inexistem no filme, e quem for vê-lo esperando algo filosófico ou pelo menos, um pouco misterioso, esqueça, 2012 não é filme para isso. Não aparece, em momento algum, qualquer tipo de sugestão profetica dentro da trama, além de uma pequena piada sem graça no começo da trama.


Festival Internacional de Cinema

Posted: segunda-feira, 16 de novembro de 2009 by Marcelo Augusto in Marcadores:
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Encerrou-se ontem, a XI edição do até então pouco conhecido FIC - Festival Internacional de Cinema em Brasília. Mas o que realmente representou esse festival ? Pude conferir poucas obras das 86 expostas, e por isso, a resposta a essa pergunta se torna relativa. Mesmo assim, já imaginando que eu não conseguiria ver todas as obras em apenas um semana, organizei uma equipe para me aconpanhar nessa empreitada, vendo outros filmes para depois unirmos as críticas. Resultado: 9 filmes foram realmente analisados pela equipe do Cinemótica, e por meio desta postagem,  exponho uma panorama  parcial dos filmes que compuseram o FIC e, resumirei, sinteticamente, o que o FIC trouxe, este ano, para a Capital Federal.

Em primeiro lugar, será produzido um pequeno texto compilando tudo que foi explorado. Ao fim, colocarei uma resenha rasteira de cada um dos nove filmes assistidos, dando um fim, então, ao nosso trabalho nesse último evento internacional de cinema.


500 dias com ela

Posted: sábado, 14 de novembro de 2009 by Marcelo Augusto in Marcadores: , , ,
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500 dias com ela, de recente estréia nos cinemas, simplesmente convence. O filme trasmite harmonia do ínicio ao fim, flui por completo e faz bonito. O carisma despreendido por Marc Webb é válido e comprova que, ás vezes, uma história não precisa de mais nada para ser boa, além de uma simpática forma de ser contada.

Sim, o filme é simples assim: Summer ( interpretada pela belíssima Zooey Deschanel ) conquista, involuntariamente ( ou não ) o amor do jovem e intenso Tom ( Joseph Gordon-Levitt ). A história é de fácil acesso e de fato, em poucos minutos, estamos completamente envolvidos por ela.

O que há de verdadeiramente bom em 500 dias com ela? Com todas as certezas do mundo, respondo: simpatia. Webb pegou o que há de melhor na sua criatividade cinematográfica e conseguiu criar uma obra casual, bem dosada, acolhedora e, principalmente, harmonica. Não há o que se esconder: os efeitos da narrativa de 500 dias com ela é o verdadeiro encantamento do filme, e é ele, que contribui, e muito, para que o filme consiga o seu merecido sucesso.

Ervas Daninhas

Posted: quarta-feira, 11 de novembro de 2009 by Marcelo Augusto in Marcadores: , , ,
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Ervas Daninhas, filme lançado no Festival Internacional de Cinema, expressa um cinema mais etéril, pulsante e psicologicamente despreendido de pretextos. O filme é esteticamente genial, mas a sua verdadeira genialidade é o enredo surreal e divertido dirigido por Resnais. Poucos conhecem esse cinema mais irreverente que preza pela metafísica da arte cinematográfica e exponencia a mente fértil do ser humano, uma vez que a sua disponibilidade é díficil. Ervas Daninhas não é nenhuma obra prima, mas provoca e brinca com o publico, tornando-se, assim, um bom filme para se conhecer melhor esse pouco acessível mundo do cinema excêntrico.

A obra Herbes Folles trata-se de uma história simples: uma senhora francesa tem a sua carteira roubada, que é encontrada por um senhor, no estacionamento de um shopping. Esse senhor, então, prioriza como objetivo maior a devolução do objeto á dona. Inicia-se aí um jogo divertido de perseguição, amor e obsessão entre os dois envolvidos nessa casualidade.

Com um enredo banal, como o próprio diretor definiu, Ervas Daninhas é um provocante romance atípico, envolvido por cenas surreais e por momentos bizarros e metafóricos. As pessoas acostumadas com a tradição dos cinemas normais poderão se sentir incomodadas com a obra por se tratar de um película extremamente subjetiva e arrojada de cenas paradas e monótonas. O filme se revela uma deliciosa metáfora que pode ser desvendada durante a obra, com um pequeno auxílio do seu título. Sinteticamente falando, Ervas Daninhas está longe de ser um filme perfeito, mas possui um interessante recurso cinematográfico.


Nova York, Te amo

Posted: sábado, 7 de novembro de 2009 by Marcelo Augusto in Marcadores: , , ,
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Sendo o mais direto possível, decreto: Nova York, Te amo, filme rodado no Festival Internacional de Brasília, é um dos melhores filmes deste ano. A síntese urbana é representada fluentemente, de forma charmosa, sensível e elegante. O filme é um retrato da arte cinematográfica e reune tudo que há de melhor em se fazer cinema.

Nova York, Te amo é uma obra semelhante á Paris, Te amo. O filme também contém vários diretores, que ao total são 12,  produzindo vários curtas dentro do filme, retratando as diversas facetas de alguma cidade exponencial. O filme, no entanto, apresenta uma característica marcante que o difere de Paris, Te amo: os doze curtas do filme são interligados não somente pela cidade, mas apresentam um contexto igual, inclusive os personagens colidem com os personagens dos outros diretores, o que torna o filme contínuo e extremamente elegante.

Com o lema do filme, 'Toda as cidades tem suas diversas formas de amor',  acompanhamos doze pequenos curtas retratando a diversidade amorosa, cultural e comportamental de Nova York. O fator diferencial do filme é a sua atmosfera perfeita, uma atmosfera repleta de pessoalidades, que representa todas as aspirações e ilusões de Nova York.

Os doze diretores produziram um roteiro delicioso, intimista, acolhedor e consegue, definitivamente, te teletransportar até Nova York e te fazer sentir parte dela. É incrível como diferentes métodos de filmagem unidos conseguem criar uma ópera tão uniforme e coesa, como Nova York, Te amo é.

Abismo do Medo

Posted: quinta-feira, 5 de novembro de 2009 by Marcelo Augusto in Marcadores: , ,
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Abismo do Medo surpreende: o filme traz uma atmosfera densa, bastante ambientalizada e provoca uma sensação de aflição e agonia especialmente intensa.  O filme é bastante dosado, criando um cenário de terror, suspense e ação.

Seis amigas resolvem se aventurar em uma caverna na Europa a procura de diversão. Chegando lá, as coisas não saem conforme o planejado e um pequeno desmoronamento as confina, aparentemente, dentro da grande gruta. No entanto, essa é o menor de todas as preocupações. Com o tempo, as amigas descobrem que o lugar nunca houvera sido antes explorado e que certas criaturas agressivas, realmente agressivas, moram por lá, e não gostam, aparentemente, de visitas.

O terror do filme é extremamente sensorial:a sensação de confinamento e caustrofobia é presente em toda a película e o ambiente fora criado de forma a transmitir da melhor forma possível a sensação de medo e desespero.


Albergue Espanhol

Posted: segunda-feira, 2 de novembro de 2009 by Marcelo Augusto in Marcadores: , ,
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O Albergue Espanhol é um filme camuflado. A obra promove a sua história como uma ficção voltada para a temática mochileira, mas se revela um conto emocional acerca de seu protagonista, tornando o filme em um romance urbano ambientalizado em um cenário turístico: Barcelona.

O caso é: Xavier, jovem ambicioso, prestes a conquistar o seu emprego mais valorizado, descobre que no seu caminho há uma pedra: ele precisa aprender o espanhol antes de se formar, já que a empresa que o pretende contratar só o empregará no setor econômico voltado para a Espanha. Logo, Xavier se debanda para a cidade mais dinâmica da Europa: Barcelona.

A alma do filme é indiscutivelmente dinâmica ( e não entenda isso como um ponto positivo ): acompanhamos o que é viver na Espanha, rodeado de pessoas de várias nacionalidades. Uma explosão de trejeitos multiculturais ? Não, o filme não é, definitivamente, isso; apesar de tentar ser. Albergue Espanhol está muito mais para um filme ritmico com dosagens de encontros culturais simples e superficiais, chegando inclusive, a ser irritantes.