TOP 10 Filmes Brasileiros e 3 Lixos

Posted: domingo, 30 de agosto de 2009 by Marcelo Augusto in Marcadores:
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Embalado pelo blog do Rodrigo, resolvi falar sobre o cinema brasileiro, que o Cinemótica até agora não fez. Não por menosprezo, mas por falta de oportunidade. O cinema brasileiro tem uma evolução bem reacionária, mas ele tem sim um progresso tímido.

O que será que falta? Hm, eu ousaria dizer que falta direção. Temos alguns atores e atrizes, temos a música, temos os feelings [ afinal somos o quinto maior país do mundo e o país com maior diversidade cultural ] . Falta apenas um sentido para tanto manifesto cultural. Uma pena, que quando se encontram uma formula para o sucesso, sempre o repitam. O Brasil pode vir a ter o know-how para se expressar, mas cadê as setas de sinalização ?!

Mesmo achando isso, eu tive dificuldades em estabelecer uma lista de TOP 10 Filmes Brasileiros. Temos obras muito bem feitas, aliás. Mas vou arriscar. Lembrando que qualquer lista, querendo ou não, tem um dedo do seu criador! Bom entretenimento.

Primeiramente, gostaria de deixar uma polêmica. Conheci uma crítica na internet a cerca do cinema brasileiro, e eu fiquei propriamente ferido. Gostaria de que os cinéfilos que visitem esse blog, por favor expressem suas opinões quanto a crítica abaixo:



Dono da crítica: Rodrigo Mendes
Coluna: Diários Cinéfilos.

O cinema nacional precisa tomar vergonha na cara, urgentemente. O furdúncio desproporcional em torno de Divã só comprova o diagnóstico fatal. Outro dia, Lília Cabral estava em três canais simultâneos vendendo o filme. E tome propaganda, propaganda e propaganda. A produção vai ser um arrasaquarteirão de bilheteria, todo mundo vai correr para ver a coisa, como fizeram com Se Eu Fosse Você 2, Bezerra de Menezes, O Menino da Porteira e todos os filmes da Xuxa.

Ok, certo, nada contra, precisamos todos de pão & circo. Pessoas vão se identificar com Divã, alguns vão pensar na vida, outros vão encontrar mensagens edificantes.

Tem gente que encontra isso até no Chaves. Mas, sorry, periferia, o cinema brasileiro precisa mesmo de conteúdo. Enquanto engordamos bilheterias dando moral para filmecos de polvilho, só teremos filmecos de polvilho. Tentam explicar o país por meio da sétima arte. Sertão, violência, sertão, violênciaad nauseum. Nosso presidente pode ser o cara, mas na sétima arte ainda somos colônia. Uma colônia apática. Reclama-se da invasão dos filmes gringos, porém a única forma de dar o troco é com produções à altura.

Bem, vamos então as listas.

TOP 10 Melhores Filmes Brasileiros

10- Carlota Joaquina - A princesa do Brazil






Um painel da vida de Carlota Joaquina (Marieta Severo), a infanta espanhola que conheceu o príncipe de Portugal (Marco Nanini) com apenas dez anos e se decepcionou com o futuro marido. Sempre mostrou disposição para seus amantes e pelo poder e se sentiu tremendamente contrariada quando a corte portuguesa veio para o Brasil, tendo uma grande sensação de alívio quando foi embora.


9 - Saneamento Básico




Em uma pequena vila de descendentes de colonos italianos na serra gaúcha, a construção de uma fossa para o tratamento do esgoto é uma emergência antiga e sempre ignorada pelas autoridades. Uma comissão resolve pleitear a obra através dos recursos da subprefeitura. No entanto, são informados de que não há verba para saneamento básico mas que sobra para a produção de um vídeo. O grupo resolve então fazer um vídeo sobre o saneamento básico. Mas o que ninguém esperava é que o grupo amador se envolveria tanto nessa produção que ganha até prêmio na cidade, e que a obra... bem, viraria ator coadjuvante.

8 - Redentor





Um jornalista recebe de Deus a missão de convencer seu amigo de infância, que é um empreiteiro corrupto envolvido em um escândalo imobiliário, a doar sua fortuna para os pobres.

[ Infelizmente, esse filme não teve tanto respaldo entre os cinéfilos, mas eu o achei simplesmente brilhante. ]

7 - Olga


O filme retrata uma grande história de amor, em todos os sentidos: a luta, os ideais, o marido, a maternidade. Da infância burguesa na Alemanha à morte numa das câmaras de gás de Hitler, as imagens retratam a alma de uma revolucionária que descobriu o amor e a crueldade no Brasil, onde Olga Benario casou-se com Luís Carlos Prestes, engravidou e foi entregue por Getúlio Vargas aos nazistas.

6 - Auto da Compadecida



As aventuras de João Grilo (Matheus Natchergaele), um sertanejo pobre e mentiroso, e Chicó (Selton Mello), o mais covarde dos homens. Ambos lutam pelo pão de cada dia e atravessam por vários episódios enganando a todos da pequena cidade em que vivem.

5 - Carandiru



Um médico (Luiz Carlos Vasconcelos) se oferece para realizar um trabalho de prevenção a AIDS no maior presídio da América Latina, o Carandiru. Lá ele convive com a realidade atrás das grades, que inclui violência, superlotação das celas e instalações precárias. Porém, apesar de todos os problemas, o médico logo percebe que os prisioneiros não são figuras demoníacas, existindo dentro da prisão solidariedade, organização e uma grande vontade de viver.

4- Se eu fosse você


O filme conta a história de Cláudio (Tony Ramos) e Helena (Glória Pires), um casal até então normal que vai levando a vida conjugal através do anos, desgastando-se com o tempo mas sempre procurando manter o bom humor. Até o momento em que a discórdia paira sobre eles e um lado passa a não dar valor ou a não compreender o que o outro faz com seu tempo ou tem como princípios. Isso até que o casal troca seus papéis: a mente de um passa para o corpo de outro.

3 - O cheiro do Ralo


Lourenço (Selton Mello) é dono de uma loja que compra objetos usados. Pouco a pouco, ele troca a frieza de negociar pelo prazer de explorar os clientes, por meio de jogos, que procuram sua loja quando atravessam dificuldades financeiras. Ele passa a identificar as pessoas como se estivessem à venda, cada uma com uma característica ou um objeto que lhe é oferecido.

2 - Central do Brasil



Mulher (Fernanda Montenegro) que escreve cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, ajuda menino (Vinícius de Oliveira), após sua mãe ser atropelada, a tentar encontrar o pai que nunca conheceu, no interior do Nordeste.

1 - Cidade de Deus



A história é fictícia, mas inspirada em fatos reais narrados por um jornalista que foi morador da Cidade de Deus, no livro de mesmo nome. Conta a história de um garoto chamado Buscapé desde sua infância, nos anos 60, até o final dos anos 70, dando uma idéia da criação das favelas, da origem do tráfico de drogas e de sua relação no dia a dia dos moradores.


TOP 3 Vergonhas Nacionais

Resolvi colocar, as três maiores vergonhas, ou seja, fracassos do cinema Brasileiro. Claro, na minha opinião.

3 - Casa da Mãe Joana



Quatro amigos que só pensam em curtir a vida, com grandes farras, lindas mulheres e bebidas. Mas um belo dia, eles são surpreendidos com uma notícia nada agradável, uma ação de despejo. Sem nenhuma solução imediata a turma é obrigada a pensar naquilo que mais abominam: trabalhar! A confusão está formada quando cada um busca um meio fácil de conseguir dinheiro, com o mínimo de esforço.

2 - Primo Basílio



Primo Basílio é transferida de Lisboa para São Paulo, em 1958. É quando a jovem Luísa (Débora Falabella) está casada com o engenheiro Jorge (Reynaldo Gianecchini), ausente do lar por estar envolvido na construção de Brasília. O reencontro de Luísa e seu primo Basílio (Fábio Assunção) coloca o casamento da jovem sonhadora em risco, já que ela se envolve num caso extraconjugal. Juliana (Glória Pires), sua invejosa governanta, descobre o romance proibido e faz de tudo para infernizar a vida de Luísa, ameaçando revelar seu segredo.

1 - Deus É Brasileiro



Cansado de tantos erros cometidos pela humanidade, Deus (Antônio Fagundes) resolve tirar umas férias dela, decidindo ir descansar em alguma estrela distante. Para tanto precisa encontrar um substituto para ficar em seu lugar enquanto estiver fora. Deus resolve então procurá-lo no Brasil, país tão religioso que ainda não tem um santo seu reconhecido oficialmente. Seu guia em sua busca é Taoca (Wagner Moura), um esperto pescador que vê em seu encontro com Deus sua grande chance de se livrar dos problemas pessoais. Juntos eles rodarão o Brasil em busca do substituto ideal.

Espero que compartilhem da minha lista! Se não, fale quais filmes não estariam na lista, quais modificações faria!

Abraços.

Resenhas Rápidas 3

Posted: sexta-feira, 28 de agosto de 2009 by Marcelo Augusto in
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Fiquei quatro dias sem postar aqui por alguns motivos pessoais, mas hoje achei tempinho para dar uma postada típica do Cinemótica. Hoje, venho falar de alguns filmes que tive contato nesses últimos dias. Como de praxe, vamos para uma resenha rasteira e uma indicação que o Cinemótica anseia em ver! Não esqueça de deixar seu comentário.

1 - Identidade



Sinopse: Em uma noite chuvosa, numa grande estrada dos EUA, nove pessoas, aparentemente sem conexões, se deparam com a impossibilidade de seguir caminho na ferrovia. São obrigadas, a se hospedarem em um hotel barato de beira de estrada, onde pretendem passar apenas uma noite. Cada um com seu drama particular, se deparam com algo inusitado: cada um vai morrendo sumariamente, assassinados, por alguém desconhecido. Como para completar o evento, cada pessoa morre em uma contagem regressiva de dez até um. A chuva os impede de sair, e aos poucos, vemos um trama se desenrolar.




Crítica: Vi esse filme, em sua estréia, nos cinemas. Era novo ( foi em 2003 ), mas eu curti muito do esquema em que o filme lança mão. Uma hitória, atípica, em que até o meio do drama, não sabemos se sua abordagem tem temática sobrenatural ou real, Identidade é um dossiê de cenas caustrofobicas. O filme não se preocupa em passar um desenrolo enigmático com a história, na verdade, o diretor preferiu enfocar no suspense de 'quem será o próximo a morrer' . A fórmula, confesso, é saturada.

Mas o bom trabalho ministrado pelos atores [ Ray Liotta, por exemplo ], dão consistência ao pouco conhecido filme. Identidade ainda conta com uma bifurcação de sua história principal, aparentemente sem ligação: ao mesmo tempo que vemos as pessoas morrendo no hotel, vemos um preso sendo investigado em uma sala de interrogatórios.

Talvez, seja justamente por essa trama destacada na história do filme, que o diferencia dos outros filmes sobre assassinatos em série. O final é extremamente forçado. Uma pena, porque poderia ter sido explorado fantasticamente. Pode-se dizer, que no final, infelizmente o filme não conseguiu sair das amarras do estilo hollywoodiano, e forçou a barra para dizer quem é o assassino. No entanto, a história que engloba as duas vertentes narradas no filme, é singelamente agradável e interessante.



Eu indico o filme para quem quiser ver um suspense não rotineiro, mas peço que ao verem, não esperem grande coisa. O filme é um daqueles que vemos, e logo nos esquecemos de sua existência. Mas cinéfilo que é cinéfilo, esta sempre disposto a ver mais e mais filmes. Vale então a dica.

Nota: 4.8

Em cena: 3 Macacos.




O Cinemótica rastreou e encontrou um filme turco que me estimulou, a ponto de querer vê-lo, o mais urgentemente possível. Afinal, gosto de filmes expressivos.

Sinopse: Contra todas as possibilidades, uma família tenta esconder as mentiras que a envolve para se manter unida. A fim de evitar dificuldades e responsabilidades que, de outra forma seriam impossíveis de suportar, a família opta por ignorar a verdade, não para ver, ouvir ou falar sobre isso. Como no jogo dos "três macacos", escolheu ignorá-las, não vê-las, ouvi-las ou falar sobre elas. Mas esse jogo invalidaria a existência dos fatos?

Me deparei, também com diversas críticas, algumas a favor, outras contra, e por isso, resolvi expô-las, para possível debate entre os cinéfilos na blogoesfera.




Críticas contra:

Glória Gomes : A proposta é boa, mas não gostei do filme por vários motivos: falta roteiro, continuidade e falas. O longo silêncio deste filme, a falta de diálogo, são enervantes! Talvez tenha sido esta a proposta do diretor: mostrar como o silêncio afasta as pessoas e deixa margem à dúvidas, desconfianças. Este filme mostra que, para evitar encarar as pesadas provas e responsabilidades, eles escolhem ignorar a verdade, e recusam ver, ouvir ou falar sobre ela, como na fábula dos Três Macacos.

Cintia L: Ontem fui assistir ao filme aqui no RJ. Gosto de produções que fogem do estereótipo dos filmes hollywoodianos, mas confesso que fiquei um tanto decepcionada com 3 Macacos. Os pontos positivos são: o roteiro que é interessante, mas poderia ter sido explorado de outra forma, e a bela fotografia. O take da primeira cena - o carro dirigido pelo político pela estrada, a passagem pelo túnel... É sensacional. Muito bem feito mesmo. Mas pára por aí. O filme fala sobre a fábula japonesa "adaptada" para os nossos dias. Mas as longas pausas, o silêncio extremo entre os personagens são excessivos. Par falar sobre o "silêncio" não é necessário que os personagens fiquem mudos por tantos minutos. Da mesma forma que uma comédia não tem a função de fazer o espectador rir o tempo inteiro. O filme peca neste sentido... Chega ao extremo do silêncio, sem necessidade. Se o diretor dosasse as cenas, intercalasse com alguns diálogos (mesmo curtos), o filme teria um desdobramento mais envolvente. A narrativa é realmente muito lenta e o final um tanto decepcionante. Assisti num cinema frequentado por "intelectuais" e gente "cabeça", mas no final da sessão posso garantir que a grande maioria saiu da sala decepcionada e com um ponto de interrogação na testa.

Críticas a favor:

Cristina Brandão: O drama da família de Eyup não começa com o acidente e " a troca negociada" com seu patrão, mas ela já padecia do mal da incomunicabilidade, como a do teatro do absurdo. Mãos, olhos e ouvidos tapados desde a morte do menino, o filho caçula do casal que traz uma névoa escura quer paira por todas as imagens e espelha o que se passe na alma dos personagens. As cenas que os confortam são aquelas onde o garoto é "visto" ou mesmo "acaricia" os personagens. Com ele se foi o que havia de união e ternura entre os três membros da família e, com sua partida, estão envoltos no silêncio, na tristeza e no tédio. Violentam-se, cada um à sua maneira. O diretor conjuga muito bem os closes, os planos abertos e a tonalidade que expressa o noir, não como nos filmes de detetives e marginais, mas o noir de almas vencidas e bizarras.

Willis de Faria: Três Macacos ganharam o prêmio de Melhor Diretor no Festival de Cannes de 2008 e foi pré-finalista do Oscar para melhor filme estrangeiro este ano. Ele é um filme de arte dramática, com poucos diálogos, mas que as imagens por si falam. Indicado para um público amante da 7ª arte. Se você deseja ação, humor ou extravasar suas energias em filme hollywoodiano, que atinja a toda massa de público, eu não aconselho. Mas se é amante da arte cinematográfica, pode comprar o ingresso.

Caso você tenha visto esse filme, peço que exponha suas opiniões, para futuramente, quando eu tiver visto o filme, possa fazer um dossiê sobre esta obra. Caso não tenha visto, expresse suas pesperctivas, que são sempre bem vindas!

Abraços!

Pfeiffer's Times : Resenhas

Posted: domingo, 23 de agosto de 2009 by Marcelo Augusto in
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Faz algum tempo que tenho sentido essa sensação de admiração pela Michelle Pfeiffer. Antigamente, eu apenas reconhecia seu talento, mas agora, ela tem me despertado uma atração um tanto que incomum. Então, movido por um desejo cinéfilo inexplicável, resolvi falar de dois filmes ( filmaços, diga-se de passagem ) que eu tive o prazer de ver.
São filmes que talvez vocês conheçam, mas não são os principais filmes de Michelle.

Aproveitando o momento, acho que Pfeiffer merece seu posto no Hall da Cinemótica. Após falar dos dois filmes, farei um pequeno prospecto de sua carreira e a colocarei no meu Hall! Bom divertimento.

PS: Eu realmente aconselho esses dois filmes.

1.
Deixe-me Viver



Título Original: White Oleander
Ano de lançamento : 2002

Sinopse:
Deixe-me Viver é um belo filme que tem no elenco quatro atrizes sensacionais. Emocionante e intrigante, narra a história de Astrid, uma garota que percorre vários lares adotivos de Los Angeles depois que sua mãe superpossessiva mata o namorado que a abandonou e vai presa. Em cada casa ela se depara com uma "mãe adotiva" diferente. São mulheres com histórias que marcam sua passagem da juventude para a idade adulta. Astrid terá que aprender a perdoar e amar para sobreviver.

Crítica: Esse filme é uma obra tão delicada, tão minunciosa, que toda sua potência reside nesses pequenos detalhes escondidos na obra.
Deixe-me Viver trata-se de um filme sobre a construção do caráter de uma menina abandonada por sua mãe, um ser potente e forte demais. Pfeiffer desempenha o papel de Ingrid, uma mãe que poem sua filha á sua sombra e traça manipulosamente o destino de sua filha. Vemos um relação mãe-filha perigosa demais, atada demais, e é justamente com esse ponto que a filha, Astrid, precisa lidar: se libertar de sua mãe.

Mesmo mal vendo sua mãe, que está presa, Astrid traça um destino modelado pelo ego de sua mãe. Astrid se depara com lares perigosos, e passa por provações tão extremas, que seu destino se encaminha para um confronto com sua mãe. O filme hipnotiza.



A partir daí passamos a acompanhar essa garota na busca por um lar adotivo, e é justamente essa busca que lhe trará momentos traumáticos, que irão pontuar sua passagem para vida adulta.

Acostumada a conviver com uma mãe controladora e de certo modo egoísta, a garota se vê desamparada, e percebe que não pôde desenvolver sua personalidade de maneira espontânea.




A busca por auto-conhecimento ocorre no decorrer do filme, com as diversas tentativas da menina em se adaptar á uma nova família. Na tentativa de se encontrar, a garota passa a assumir a personalidade das pessoas á sua volta, enquanto luta para mostrar a sua mãe que têm o direito de fazer suas próprias escolhas.

Apesar do teor bastante emocional do filme, o diretor Peter Kominsky prefere não apostar no sentimentalismo barato e joga toda carga emocional da trama nos ombros de suas competentes atrizes. Assim podemos desfrutar de momentos de pura verdade, embalados por atuações sinceras de Alison, Pfeiffer e também das excelentes coadjuvantes, Robin Wright Penn (a primeira mãe adotiva) e Renée Zellweger ( a segunda tentativa).



Mesmo estando rodeada de boas atrizes, Alison Lohman ( Drag me to the Hell ) consegue se firmar como a principal atração de Deixe-me Viver, afinal é seu olhar e sua incrível capacidade de transformação que irão nos conduzir por todo o filme, sem ela a história poderia passar desapercebida, mas seu talento contagia todo o elenco e provoca cenas inesquecíveis.

Enfim, Deixe-me Viver merece ser conferido em vídeo ou DVD, já que sua passagem pelos cinemas brasileiros foi, injustamente, tímida, esmagada por algum filme arrasa-quarteirão da temporada.



Nota: 10/10

2. Mentes Perigosas



Título Original: Dangerous Minds
Ano de lançamento : 1995

Sinopse: Oficial da marinha (Michelle Pfeiffer) abandona carreira militar para realizar o antigo sonho de ser professora de inglês. Mas o grupo de alunos rebeldes que tem pela frente, logo na primeira escola em que leciona, será capaz de colocar à prova todo seu treinamento e experiência adquiridos nas força armadas.

Crítica: Mentes Perigosas é um filme intensamente vibrante. Apresenta a realidade da educação não só americana e aborda um tema vergonhoso demais para que os outros falem abertamente: o abandono de pessoas na miséria e a perda da pesperctiva de vida. A sinopse do filme encara uma temática tão discutida, mas a apresenta de um jeito psicologicamente provocante. Pfeiffer mostra seu punho artístico e dá vida a cada encenação de sua personagem. Ela e a Louanne [ sua personagem no filme, oficial da Marinha ], foram feitas uma para outra e ponto. É essa a sensação passada pela sua brilhante atuação.




A dinâmica entre alunos e professores é tão esmiuçada nessa obra, que nos envolvemos muito em cada momento do filme e perdemos a percepção de tempo. Destaco a trilha sonora, com a perfeita canção adaptada a história: Gangstar Paradise - Coolio.

As primeiras cenas do filme Mentes Perigosas (EUA, 1995. Direção: Jonh N. Smith) são mostradas em preto e branco e apresentam um bairro, visivelmente, pobre. As paredes das casas estão grafitadas e pichadas. Há um sem teto vagando pela rua. À medida que vemos a cena, ouvimos um Rap. Essa combinação entre o cenário e a música já nos diz que se trata de uma história que vai falar da situação de jovens que vivem na periferia de uma grande cidade norte-americana. Então, estamos falando em um gueto e nesses grupamentos humanos moram, geralmente, os afro-descendentes e os latinos.



Conquistar a confiança dessa turma é o desafio proposto de Louanne. Portanto, a responsabilidade pelo sucesso ou pelo fracasso escolar é de inteira responsabilidade da professora. Mas, conseguir a confiança dos alunos é apenas um aspecto desse processo. Há muito mais em jogo: assegurar a atenção dos alunos; facilitar o processo de ensino-aprendizagem; e, cuidar do equilíbrio psicológico e afetivo da turma.

A professora, depois de refletir, resolve então lançar mão de um recurso: muda a maneira de se vestir, conversa sobre sua própria história de vida, ensina técnicas de luta, institui um programa baseado, explicitamente, na recompensa e na valorização do potencial intelectual dos alunos.





O filme é simplesmente uma obra encantadora de se ver, e ainda mais com o brilho que Pfeiffer despreende para a obra.

Nota: 10/10


Michelle Pfeiffer

Michelle Pfeiffer nasceu em 29 de abril de 1958, em Santa Ana, Califórnia. É filha de Dick e Donna Pfeiffer, tem um irmão mais velho e duas irmãs mais novas, Dedee e Lori, também actrizes.

Nome: Michelle Pfeiffer
Data de Nascimento:
29 de Abril de 1958
Local de Nascimento: Santa Ana - Califórnia - EUA

Enquanto se formava em Jornalismo, Pfeiffer trabalhou como assistente de oftalmologista, caixa de supermercado e vendedora de roupas. A vitória num concurso de beleza lhe abriu as portas do showbusiness e mudou suas intenções profissionais.





Nesse período, Michelle começou a estudar representação, mas seus primeiros filmes não foram dos mais estimulantes, embora o papel principal na fracassada continuação de ''Nos Tempos da Brilhantina'' deva ter parecido interessante.

Pfeiffer concluiu a década de 80 como a cantora de ''Susie e os Baker Boys'', filme pelo qual a atriz foi premiada com o Globo de Ouro e novamente indicada ao Oscar.

Os anos 90 foram pródigos em bons trabalhos para Pfeiffer, que esteve encantadora em filmes como a comédia romântica ''Um Dia Especial'' (1996), também produzida por ela.

Entre uma série de boas atuações (em gêneros diversos), Pfeiffer foi muito admirada por ''A Época da Inocência'' (1993, drama romântico passado no século 19) e especialmente em ''As Barreiras do Amor'' (1992), drama em que ela vive uma fã dos Kennedy que envolve-se com uma família negra. Este filme trouxe à atriz outra indicação ao Oscar e um prêmio no Festival de Berlim.


  • 1987- As Bruxas de Eastwick
  • 1988- De Caso com a Máfia
  • 1992- Batman - O Retorno
  • 1995- Mentes Perigosas
  • 1999- Nas Profundezas do Mar Sem Fim
  • 2002- Deixe-me Viver
  • 2007- Hairspray - Em Busca da Fama
  • 2007- Nunca é Tarde para Amar

E com essa breve biografia, anuncio que Pfeiffer, entra no Hall do Cinemótica, pelo seu mérito e também por uma pequena admiração particular minha!

Abraços!

Resenhas Rápidas 2

Posted: sexta-feira, 21 de agosto de 2009 by Marcelo Augusto in Marcadores: ,
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Leia Mais


Cada vez mais, estou diminuindo o tempo de uma postagem para outra. Será o ócio ou o insaciavel desejo de escrever? hehehe, bom hoje como não houve nenhum grande abalo no mundo cinematográfico que interessasse o Cinemótica, então vamos seguir com as resenhas rasteiras e diretas! Boa leitura!


Hall do Cinemótica: Anthony Perkins e Elizabeth Taylor

Posted: quinta-feira, 20 de agosto de 2009 by Marcelo Augusto in
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Depois de explorar diversos blogs durante essa semana, decidi criar o Hall do Cinemótica para as maiores estrelas do cinema mundial. Então, procurei em vários filmes, atores e atrizes que realmente mereciam ocupar esse Hall e me deparei com um imenso leque de merecedores. Hoje vou anunciar duas estrelas de vários filmes e peço que dividam suas opiniões sobre esses ícones do cinema!

Anthony Perkins




04/04/1932, em New York, New York, USA

Data e Local de Falecimento
12/09/1992, em Hollywood, California, USA (pneumonia, em conseqüência de AIDS)

Filho único do ator James Osgood Perkins e de sua mulher, Janet Rane Perkins, perdeu o pai aos cinco anos de idade. Mais tarde, no período em que estudava no Rollins Colege, na Flórida, participou de diversos shows, como "My Sister Eileen" e "Goodbye My Fancy".

Em 1953, seguiu para Hollywood, onde conseguiu um papel coadjuvante no filme de George Cukor, "A Atriz". A despeito das críticas favoráveis recebidas por seu desempenho, ele só voltou a receber um novo convite, para atuar no cinema, três anos depois, na realização do filme de William Wyler, "Sublime tentação". Por sua ótima atuação em "Sublime Tentação", Perkins foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, perdendo a estatueta para Anthony Quinn por seu desempenho em "Sede de Viver".

Entre 1957 e 1960, teve a oportunidade de apresentar outros aclamados desempenhos no cinema e na Broadway. Em 1960, estrelou "Psicose", ao lado de Janet Leigh e Vera Miles. Muitos críticos acharam na época que ele merecia ter ganho o Oscar por sua magnífica interpretação, mas não chegou nem a ser indicado ao famoso prêmio.

Perkins era bissexual, tendo tido casos com o ator Tab Hunter, com o bailarino Rudolf Nureyev e com o dançarino-coreógrafo Grover Dale, com quem teve um relacionamento de seis anos, antes de se casar com Berry Berenson. De sua união com Berry, teve dois filhos: Osgood, que seguiu a carreira de ator, e Elvis Perkins, que se tornou músico.
Um dia antes do 9º aniversário de sua morte, a viúva Berry Berenson foi morta no vôo nº 11 da American Airlines, jogado por terroristas contra a Torre Norte do World Trade Centre, em Nova York.




Para mim, Perkins se consagrou com Psicose, Sublime tentação e O Processo. Perkin soube explorar os trejeitos artístisco de uma forma bem teatral, que é o que falta ultimamente nos cinemas. Podemos ver seu talento na excentricidade da personagem que apresenta em Psicose, filme marco do gênero de horror. ( Eu não sou muito fã de Psicose, apesar de achar o filme uma das melhores obras de Alfred Hitchcock. )

Elizabeth Taylor




27/02/1932, em Hampstead, Londres, UK

Elizabeth Taylor nasceu em Londres no período em que seus pais, americanos, eram responsáveis por uma Galeria de Arte naquela cidade. Em 1939, pouco antes do início da 2ª Guerra Mundial, seus pais retornaram aos EUA onde se estabeleceram em Los Angeles.

Sua beleza logo chamou a atenção dos caçadores de talento. Ao se submeter a um teste nos Estúdios da Universal Pictures, os executivos da Empresa ficaram impressionados com ela e a contrataram, de modo que, com apenas 10 anos de idade, estreou no cinema com o filme "There's One Born Every Minute".

No ano seguinte, 1943, contratada da MGM, Liz iniciou sua escalada para o sucesso com o filme "A Força do Coração". Embora com uma longa filmografia, seu período áureo estendeu-se de 1951 a 1968, tendo sido a primeira atriz a ganhar US$ 1 milhão pela atuação num filme. Tal fato ocorreu quando da realização de "Cleópatra", em 1963. Durante esse período, foi agraciada com 2 Oscars de Melhor Atriz por suas atuações em "Disque Butterfield 8", de 1960, e "Quem Tem Medo de Virginia Woolf ?", de 1966, sendo ainda indicada ao mesmo prêmio da Academia por seus trabalhos em "A Árvore da Vida", de 1957, "Gata em Teto de Zinco Quente", de 1958 e "De Repente No Último Verão", de 1959.


Na década de 70, tornou-se viciada em drogas, fazendo filmes ocasionalmente. Ao terminar seu casamento com o senador Warner, internou-se na Betty Ford Clinic, em mais uma tentativa de se curar de seus vícios. Foi durante esse período de recuperação, que conheceu Larry Fortensky, com quem se casaria mais tarde.

Em respeito aos destaques de Elizabeth, em "Quem Tem Medo de Virginia Woolf", um excelente filme, que marca a estréia de Mike Nichols como diretor de cinema, Elizabeth fez por merecer sua estatueta de melhor atriz.O filme tem um conteúdo dramático, que retrata as batalhas destrutivas de um casal, numa relação de amor e ódio. O roteiro é simples, mas os personagens são complexos e profundos. Os diálogos são inteligentes e um dos pontos altos do filme. Quem Tem Medo de Virginia Woolf coloca em relevo a capacidade artística de Taylor e não podemos falar dela sem citar essa obra fantástica.

Outro ponto crucialmente especial para sua fama, é o filme Gata em Teto de Zinco Quente.
Taylor é a peça estrela de muitos filmes, e atribuiu a muito deles, a vivacidade necessária para dar realce as histórias contadas.



Solte o verbo! Quais atores/até rizes você indica para o nosso Hall ?
Abraços!



Resenhas Rápidas

Posted: quarta-feira, 19 de agosto de 2009 by Marcelo Augusto in Marcadores: , , , , , , , , , , ,
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Tive que passar correndo hoje para postar algumas resenhas que venho preparando desde semana passada sobre dois filmes: Trilhos do Destino e Assassinato no Expresso Oriente. Espero que curtam!
Nome em Inglês: Rails & Ties
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 100 minutos

Sinopse:Kevin Bacon e Marcia Gay Harden nos dão performances emocionantes em Trilhas do Destino, um conto da diretora Alison Eastwood e que fala sobre pessoas em crise e emoções ao extremo. Bacon vive Tom Stark, um engenheiro ferroviário incapaz de encarar de frente a enfermidade de sua esposa (Harden). Então, um terrível acidente de trem deixa um menino órfão. Tom acolhe o garoto em sua casa e - passo a passo, conquista por conquista - aprende como resgatar seu relacionamento com a esposa que ama a partir do momento em que abre seu coração ao menino, que necessita muito de uma família que dê segurança e amor.

Crítica: Trilhos do Destino tenta usar a fotografia á seu favor, e de imediato, parece que funciona. Ocorre que após vermos o filme, notamos que na verdade, a fotografia arrasou com o contexto da obra. O filme é dividido em duas partes: a primeira, quando vemos os abismos de cada personagem ( a rustidão de Tom, a crise de existencialismo de Megan por causa de sua doença terminal, e as dificuldades do garoto Davey após o suícidio da mãe na ferrovia de trem ) e a segunda , onde vemos o reencontro de cada personagem consigo mesmo e com os que estão ao seu redor, atribuindo vida aqueles que estavam mortos por dentro.

A primeira parte era para ser melancolica e consegue: logo, o diretor abusa dos fadings, das músicas tristes e da dramaticidade dos personagens. O problema é que essa parte torna o filme essencialmente frio.
Bacon consegue passar a frieza de Tom, mas ele aprimora tanto o lado negativo de sua personagem, que para depois, onde deveria ocorrer a mudança psicologica interna de Tom, a personagem não perde sua áurea vazia e se torna insoso.

Megan interpreta uma personagem que deveria ter seu carisma, pois trata de uma mulher quarentona infeliz e com pouco tempo de vida para realmente ter a vida que nunca teve. Ela deveria ter seu feeling, mas isso simplesmente não ocorre. Pode-se dizer que Hardem não merecia esse papel, uma vez que a sua personagem é imcompatível com seu talento artistico, já que Megan depende de uma delicadeza profissional para criar vida nas telas, e a Hardem é conhecida pelo seu punho másculo de interpretação . O garoto do filme, Darvey , ele é pífeo.

Não chegamos a gostar de Davey, não nos solidarizamos com seu pesar, e logo não criamos uma identificação com a personagem.

Logo, a segunda parte, que era para ser mais animadora ( mesmo com a morte de Megan ), é tão fria quanta a primeira parte. Existem tentativas: Bacon esboça alguns sorrisos forçados, as personagens se tocam mais e a trilha sonora tenta dar consistência a mudança agradável dos envolvidos. Mas tudo isso não se passam de tentativas. Não conseguimos acompanhar o processo de crescimento dos personagens, e somos obrigados a ver uma obra gélida e vazia. A fórmula do filme era certa, mas sua aplicação abusou demais de recursos que não encaixam, nem na trama, nem com os atores.

2 - Assassinato no Expresso Oriente



Nome em Inglês: Murder on the Orient Express
Gênero: Suspense
Tempo de duração: 115 minutos

Sinopse: Hercule Poirot (Alfred Molina) o famoso detetive, está no histórico "Expresso do Oriente". Conhecendo a inteligência de Poirot, o empresário Samuel Ratchett, um homem com muitos inimigos, pede a ele que sirva como seu guarda-costas durante a viagem. Porém, Poirot não gosta muito do empresário e se recusa a servi-lo. Na primeira noite, enquanto todos dormem, Ratchett é assassinado.

Os passageiros acordam exaltados pelo fato do trem estar parado e com a notícia que isso poderá durar horas, longe de civilização e sem meios de se comunicar com outras pessoas. Poirot descobre que Ratchett foi responsável por um dos mais cruéis assassinatos do passado e que obviamente, o assassino é um dos 12 passageiros do vagão, assim o mestre terá que correr para descobrir quem é o assassino antes que o trem continue sua viagem.

Crítica: O filme é sensacionalmente sombrio e cômico. Com a participação de : Lauren Bacall, Ingrid Bergman, Jacqueline Bisset, Michael York, Sean Connery, Anthony Perkins, Rachel Roberts e Vanessa Redgrave, o filme é uma obra prima do suspense, onde vemos um suspense enigmático e entramos na história pela sensação de mistério que o filme tem. O filme se baseia num interrogatório de cada personagem excêntricamente estranho e complexo, onde Poirot procura através de gestos e armadilhas investigativas achar o verdadeiro assassino a bordo. O filme narra a empreitada do conhecido detetive Poirot em esbarrar em cada suspeito e encontrar algum ponto para encontrar o culpado. Um verdadeiro filme de suspense, sem as parafernalhas típicas de tribunais, advogados vazios e tramas repetitivas que vemos hoje.

Destaque para todo o elenco que souberam muito bem lidar com os olhares suspeitos, e todos os tiques de suspeitos de um crime. Quase não conseguimos encontrar no nosso íntimo o verdadeiro assassino, mas é possível encontra-lo no decorrer da trama, ou seja, não nos deparamos com aquele tipo de filmes que tornam fabulosamente impossível de se encontrar o assassino, perdendo assim a essência de um filme verdadeiramente investigativo.

O final do filme é o seu chequemate. O fim consagrou Agatha e consagrou sua obra como, para alguns, a melhor obra dela. O final é tão imprevisível e mirabolante que ficamos sem palavras ao tentar descreve-lo. Além disso, o filme tem o seu tom de suspense próprio, e vale destacar os primeiros cinco minutos do filme, onde a técnica de filmagem nos faz prender a respiração, e nos faz entrar definitivamente a bordo da história.

Primeiro Selo!

Posted: domingo, 16 de agosto de 2009 by Marcelo Augusto in
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Estava eu lendo meu livro And Then There Were None, pensando veementemente em não entrar na internet hoje a noite. Mas blogueiro que é blogueiro, sabe que não se pode resistir a doce vontade em entrar no seu blog e atualizá-lo. Foi o que eu fiz. Entrei, normalmente no Cinemótica e vi que haviam mais comentários no último post meu. Foi quando percebi que eu havia ganhado meu primeiro selo! Eu estou não somente feliz, mas estou encarando esse selo como um sinal de que o Cinemótica, com menos de dois meses, está começando a dar seus timidos passos na rede de blogs cinéfilos da Internet, e que o meu carinho dado a este blog, está animando os meus leitores!

Gostaria de, com certeza, agradecer o Luís e o Renan por me darem esse reconhecimento tão valoroso pra mim e gostaria de ressaltar a todos que o blog deles vale muito a pena ser linkado, pela seriedade e pela sagacidade que os rapazes apresentam ao lidar com o Literatura e Cinema.
O blog é muito bem feito, e se bobear, quem for fã de cinema, pode passar horas lendo as críticas, informações e tudo mais que eles tem lá. Eles apresentam uma forma dinâmica em criticar, uma vez que além de dominarem a área de cinema, são craques na área de literatura. Obrigado novamente!

As regras, após ter recebido o selo, são as seguintes:
1) Postar o link do blog que te indicou;
2) Indicar 10 Blogs nos quais vale a pena ficar de olho.


Primeiramente gostaria de esclarecer que o cinemótica ainda é muito novo nas redondezas, e que por isso, não pode apresentar dez blogs para receber esse selo! Logo, peço a compreensão, pelos 8 blogs que vou presentear! Eu aconselho veementemente que linkem os blogs abaixo, porque com certeza vocês vão se perder de tantas informações que vão encarar!

Meus critérios para a entregue desse selo foram baseadas no convivio que tive com esses blogs e com a abordagem a qual eles lidam com seus pensamentos cinéfilos. Eles me agradam muito e toda vez que posso, eu passo neles direto. [ Eles não estão numa ordem específica ]

1 - Publicando !
2 - Cinema e Rodrigo
3 - Cine Estréia
4 - A Grande Arte
5 - Blog do Salomão
6 - Cinefilando
7 - Blog de Beatriz
8 - A culpa é da Crítica

Completando, novamente obrigado pela consideração e sucesso para Literatura e Cinema!

Abraços!

And Then There Were None

Posted: quarta-feira, 12 de agosto de 2009 by Marcelo Augusto in
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Hm, está aí um clássico filme de suspense. Escrita por nada menos que Agatha Christie, And Then There Were None [ O caso dos dez negrinhos ], traz uma história repleta do puro suspense típico da escritora inglesa, e além do mais, o filme foi rodado em 1945, logo podemos admitir que o filme foi sim uma inovação para a época. Apesar de ter uma pouca duração, o filme consegue perfeitamente nos levar as páginas do livro, sem alterar nada, ou pôr algo a mais.

Sinopse: Oito pessoas de diferentes classes sociais são convidadas para passar as férias em uma mansão na Ilha do Negro por um Sr. e Sra. U. N. Owen. Ao chegarem, o mordomo e sua esposa, Thomas e Ethel Rogers, dizem que os anfitriões não estão ainda na ilha. Nos seus respectivos quartos, cada hóspede encontra um retângulo de pergaminho emoldurado em cromo com uma cópia do poema "Os Dez Negrinhos" na parede, que diz:

Dez negrinhos vão jantar enquanto não chove;
Um deles se engasgou e então ficaram nove.
Nove negrinhos sem dormir: não é biscoito!
Um deles cai no sono, e então ficaram oito.
Oito negrinhos vão a Devon de charrete;
Um não quis mais voltar, e então ficaram sete
.Sete negrinhos vão rachar lenha, mas eis
Que um deles se corta, e então ficaram seis.
Seis negrinhos de uma colméia fazem brinco;
A um pica uma abelha, e então ficaram cinco.
Cinco negrinhos no foro, a tomar os ares;
Um ali foi julgado, e então ficaram dois pares.
Quatro negrinhos no mar; a um tragou de vez.
O arenque defumado, e então ficaram três.
Três negrinhos passeando no Zoo. E depois?
O urso abraçou um, e então ficaram dois.
Dois negrinhos brincando ao sol, sem medo algum;
Um deles se queimou, e então ficou só um.
Um negrinho aqui está a sós, apenas um;
Ele então se enforcou, e não ficou nenhum.

No primeiro capítulo do livro é relatada a viagem de oito dos dez estranhos, que se encontram todos em simultâneo a caminho da ilha. Nesta primeira fase conhecem-se todos os motivos que os oito estranhos têm para se dirigir à ilha, se bem que nenhum deles conhece o anfitrião, já que os convites são na sua maioria, ou de ofertas de trabalho e/ ou ocupação, ou uma carta do genero:
“conheço um amigo do seu amigo que me disse…”.

Independentemente do convite no seu tom dúbio, na data combinada oito dos dez convidados encontram-se na ilha. Os outros dois, Mr. e Mrs. Rogers, já se encontravam na ilha, já que tinham chegado cerca de uma semana mais cedo, de modo a que pudessem preparar todos os quartos e limpar toda a casa, como havia sido pedido, já que estes foram encarregues de serem os empregados que se encarregariam das obrigações da mansão situada na ilha.



Permeado nesse tom de curiosidade e suspeita, os dez personagens desse filme se reunem para jantar sem seus anfitriões, que simplesmente não aparecem. Nesse momento, um gramafone começa a falar em voz alta dez crimes insolúveis cometidos por cada um da mesa, e promete a todos, vingança pelos assassinatos indiretos ou diretos que cometeram.

O clima que se inicia é de um verdadeiro tribunal: todos percebem o perigo da situação e começam a desconfiar um do outro. Os crimes cometidos pelos visitantes variam desde da passividade a um afogamento, até o atropelamento sem socorro. Ou seja, todos os supostos crimes são injulgáveis, visto que não houve provas suficientes para condená-los.

Com tais declarações gera-se o pânico na sala de jantar e Mrs. Rogers desmaia. Perante tal caos, todos se servem de bebidas e fazem Mrs. Rogers beber conhaque, para que esta pudesse ser reanimada. Após a calma ter voltado às almas dos convidados, Marston (outro dos hóspedes) brinda, bebendo de uma vez o conteúdo do seu copo, e acaba por morrer no mesmo instante.

Depois de minutos para que todos pudessem se recompor, resolvem dormir na ilha já que uma tempestade os impede de sair do local. Eles estão confinados a ilha com um cadáver. Logo, algo sinistro acontece pela manhã, quando Mr. Rogers não consegue acordar a sua mulher e esta é igualmente dada como morta.


O caos é generalizado. Presos a ilha, com dois cadaveres, resolvem vistoriar a ilha. Descobrem que estão sós e que o socorro não virá por causa da terrível tempestade que os assola. Para desvario total, as mortes vão ocorrendo sumariamente e elas são celebradas com o desaparecimento de estatuetinhas negras que se encontravam inicialmente colocadas numa mesa da sala de jantar e, além disso, essas mesmas mortes correspondem às mortes descritas pela poema acima.


No dia seguinte, de manhã, os hóspedes acordam com uma cena horrenda: Rogers tinha sido brutalmente morto com um machado na cabeça, ao qual tinham sido limpas todas as impressões digitais.

Nessa mesma tarde Miss Brent, uma velha solteirona, aparece morta, depois de se ter atrasado para outra reunião dirigida por Wargrave, sendo que a morte desta tinha sido causada por uma seringa hipodérmica.

O mistério se instala. Sucessivamente, as mortes vão seguindo a ordem sombria do poema e o tempo vai se esgotando. Resta saber:

Quem é o assassino? Quem é o próximo?

Com um final genial, intocável, And then There Were None é sensacionalmente uma pérola.

Infelizmente, o filme não apresenta as técnicas do cinema atual. Me pergunto então se valeria mesmo a pena um remake dessa obra. O livro é perfeito com cada ponto de ortografia, ou seja, um ponto a mais, ou um ponto a menos, tiraria a perfeição da obra de Agatha. Será que se eles fizessem o filme de novo, a história seria levada a séria como foi no filme de 1945 ?

O estilo de comédias leves de Clair [ diretora ] e o roteiro dinâmico de Nichols diminuíram o clima macabro da obra original, mas agilizaram a história deixando-a agradável ao público, que tinha trabalho de descobrir o enigma - que é justamente uma das características básicas do livro de Agatha Christie.

Com excelente uso de humor e da ótima trilha sonora de Mario Castelnuovo-Tedesco, além das perfeitas gags visuais (uma das marcas registradas do diretor), o filme acabou se tornando um dos mais eficazes e simpáticos suspenses de todos os tempos. Um dos diálogos do filme, proferidos pela convidada miss Brent, demonstra sua leveza: "Foi muito estúpido matar o único criado da casa. Agora não sabemos nem onde encontrar a geléia".

Para compor esta peça de humor negro o elenco foi genial, destacando-se Barry Fitzgerald (que atuara em O Bom Pastor), Walter Huston (pai do diretor John Huston e ganhador do Oscar de ator coadjuvante no clássico O Tesouro de Sierra Madre) e Judith Anderson (famosa por ser a governanta sinistra do clássico Rebecca, de Alfred Hitchcock).


Sua última exibição no Brasil foi realizada pela TV Cultura na década de 80, com cópia dublada. Fãs do suspense e da inteligência cinematográfica precisam ver ou ver esta deliciosa obra, ou no mínimo, precisam ler esse livro.


PS: Os vídeos do filme estão na barra do meu blog na coluna direita!



Relíquias da Semana

Posted: segunda-feira, 10 de agosto de 2009 by Marcelo Augusto in Marcadores:
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Fiquei algum tempinho desfrutando do último TOP 10 que fiz, e percebi uma grandíssima errata minha. Hm, para quem não se lembra, no meu último post, comentei sobre os dez maiores filmes sobre obsessão, um top dez tanto que incomum, confesso. Acontece que eu esqueci um belo filme francês Parfum -
A história de um Assassino. E simplesmente não dá pra fazer uma lista de filmes sobre obsessão sem falar de Parfum.

Bom, acredito que muito de vocês já devem ter ouvido falar desse filme muito original, sobre a his
tória de um rapaz que nasce com o olfato aguçado demais, e acaba ficando obcecado pelo cheiro perfeito.
0. Perfume - A História de um Assassino



Sinopse: Jean-Baptiste Grenouille desenvolveu um senso de olfato superior, o que lhe serve para criar os mais refinados perfumes do mundo. Seu trabalho, no entanto, toma um rumo desconhecido e perigoso quando ele começa sua busca pelo melhor perfume do mundo.

Qual é o tipo de obsessão: Jean apresenta um diferente tipo de obsessão: a obsessão por cheiros. O filme apresenta uma história original e seu gênero alterna entre: comédia negra -drama-suspense. O rapaz desenvolve uma fascinação por cheiros de mulheres e para roubar seus cheiros, é necessário que a donzela seja morta e tambem é necessário que ela passe pelo mesmo processo que algum aromático passa para se tornar um perfume. Ótima pedida para quem gosta de filmes alternativamente bem construídos.

Nota: 9

Bom, salvo o erro, vamos ao verdadeiro post do dia: Relíquias da Semana.

Toda a semana eu venho aqui e posto sobre filme antigos que fizeram sucesso e que vale a pena ver de novo. Especialmente hoje, escolhi três filmes que gosto muito e que infelizmente não fizeram tanto sucesso quanto eu esperava. Da próxima vez que for alugar um filme, pense nessas três sugestões.

PS: Eu conheço um vendedor de filmes originais a preço baixo. Caso você queria ter em sua casa algum desses filmes abaixo, entre em contato comigo pelo email: marcelo_2004s@hotmail.com

Se você quiser ver o trailer desses filmes aqui mesmo no meu blog, procure-os no TOP 48 , na barra direita do blog ;P

Divirtam-se.

1. Sombra e Escuridão



Sinopse:
Sombra e Escuridão eram 2 leões machos, adultos e sem juba (raríssimo). Na escassez de alimento, devido à uma peste que matou muitos animais predados por leões, eles viram na "fartura" de seres humanos trabalhadores da ferrovia a oportunidade de comida fácil.
Um engenheiro de pontes e um experiente caçador, então, partem para o perigoso desafio de capturá-los. Baseado em fatos reais.


Sombra e Escuridão é um daqueles filmes que vimos faz muito tempo e que com certeza na época em que vimos, o filme nos surpreendeu com seus desenrolares. Pioneiro no assunto, o filme não se foca apenas na carnificina que os leões causam, mas a obra nos apresenta uma trama repleta de valores, de reviravoltas, de escolhas. O filme aborda toda a diferença entre o negro africano e o branco europeu vividos no final do século XIX.

Além do mais, o filme mostra de um ponto histórico, como era a intervenção européia na má formada África, o que conta pontos para a obra.
Sombra e Escuridão é um filme imperdível, os atores interpretaram impecalvemente suas personagens, e sim, os leões também fizeram seus desempenhos espetacularmente.

Trailer: Procure na coluna direita do blog.

2. Epidemia



Sinopse:
Após um misterioso vírus dizimar uma tribo na África, um médico e sua equipe são chamados para estudá-lo. Mas no interior dos Estados Unidos um macaco contrabandeado e portador deste vírus o dissemina na população local, fazendo com que o médico retorne para tentar controlar a epidemia que agora se alastra.

Primeiramente, vejam o elenco. Dustin Hoffman, Morgan Freeman, Kevin Spacey. Se eles são considerados ótimos atores por vocês, neste filme eles fizeram um trabalho melhor do que são acostumados a fazer. Quem aqui não se lembra do macaquinho solitário que atraía o coração de todo mundo e simultaneamente, vai liberando o vírus maléfico que coloca seus amigos humanos em rumo ao caixão?

O filme é formidável pela forma que apresenta o decorrer de um virus mortal e vemos toda a criação de uma situação com confrontos entre a ética e o caos. O filme é sensacional e sim, vale a pena ver de novo.

3. Alta Frequencia



Sinopse:
O que você faria se tivesse a chance de voltar no tempo e mudar apenas um evento na sua vida? John Sullivan (James Caviezel) tem a resposta na ponta da língua: desfaria os eventos de 12 de outubro de 1969, quando um incêndio matou seu pai (Dennis Quaid), um heróico bombeiro. Desde então, John sonha em ter conseguido impedir a tragédia daquele dia fatal, que fez com que sua vida como adulto se tornasse cheia de raiva e solidão.

Mas agora John pode conseguir realizar seu desejo. Um dia antes do aniversário da morte do pai, em meio a uma terrível tempestade, John encontra o rádio velho de seu pai. A partir daí, eles tentarão até o fim mudarem todo seu passado para que possam se reecontrar no futuro.


Sim, eu sei o que você está pensando. Uhum, mais um filmezinho sobre tempo-espaço, voltar no tempo, mudar o passado, borboleta aqui e acolá. Mas pode ir parando por aí. Alta Frequencia, pode não ser oficialmente, mas para mim é o filme vanguardista, ou seja, pioneiro no assunto de retorno ao passado ( salvo o cômico De volta Para o Futuro ) .

O filme apresenta duas tramas : a trama entre o conflito pai-filho e o desenrolar das complicações em mudar o passado. A fórmula, admito, é a mesma. Mas o que difere esse filme de tantos outros do gênero, é a sagacidade, o compromisso em levar a sério o filme. Bom, além de conseguir salvar seu pai do acidente, eles conseguem uma façanha: um serial killer consegue escapar de sua morte.

( Esta cena é bem elaborada, uma vez que se o pai dele tivesse morrido, a sua mulher, enfermeira, teria ido pro seu enterro e faltaria seu turno no hospital. No entanto, com a alteração do passado, não vemos o pai do jovem morrer. Não vemos enterro e consequentemente, a mãe de John vai ao seu trabalho a fim de salvar vidas e mais vidas. Logo, ela salva a vida de um serial killer que supostamente deveria morrer. )

E começamos a ver daí, a segunda parte do filme, bem feita, criada e encarada.

Claro, que seria pedir demais explicar o motivo do corte no tempo: o filme até tenta sugerir o motivo através da bela aurora boreal. Esse talvez seja a única fraqueza do filme. Mas como dizem por aí, não podemos ganhar todas.




0. Filhos da Esperança ( 2006 )



E se as mulheres ficassem esteréis e não pudessemos mais procriar? Como seria a humanidade? Postarei amanhã sobre esse filme.


Espero que tenham gostado das sugestões acima! Abraços.