2012 - O filme

Posted: quinta-feira, 26 de novembro de 2009 by Marcelo Augusto in
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2012 é um filme de desastre universal. O filme mostra o mundo sendo destruído de forma suntuosa, inacreditável e ás vezes ilógica. Mas mesmo assim, 2012 continua sendo um filme de desastre universal e ponto. Por que reclamar tanto de um filme? Acho que está ocorrendo uma nítida má confusão entre gêneros e pesperctivas. O filme realmente possui personagens risíveis, falas e momentos clichês, mas mesmo assim, se adequa ao tema que conduz: catástrofe terrestre.

O maior pecado do filme é ter feito uma propaganda enganosa: quanto se foi dito sobre tantas mitologias acerca de que o mundo acabaria em 2012? Elas simplesmente inexistem no filme, e quem for vê-lo esperando algo filosófico ou pelo menos, um pouco misterioso, esqueça, 2012 não é filme para isso. Não aparece, em momento algum, qualquer tipo de sugestão profetica dentro da trama, além de uma pequena piada sem graça no começo da trama.





Apesar de tudo, o filme é tão preoucupado em demonstrar seus efeitos especiais que se torna uma obra divertida de ser vista nos cinemas. O filme mostra cenas ousadas que até hoje certos filmes não mostraram sequer, e somente por isso, o filme já se torna válido. Além disso, é perceptível a forma como Roland Emmerich tentou nos impressionar e que, de forma inegável, conseguiu.
 


As atuações não são grande coisas e nem há espaço pra isso. Até porque, o mínimo que deve pedir desses filmes é uma sugestão de moços e mocinhas, para que o filme possua um afixo necessário para que a trama se desenvolva. Seria formidável, um dia, ser lançado um filme sobre destruição planetária contendo um roteiro psicologico envolvido no mesmo tema. Convenhamos, 2012 é um filme de ondas, terremotas, acidentes e só. Não há como querer mais de uma obra que por si só, já nasceu particularizada, desmembrada.







O filme possui várias cenas maçantes, deixando toda a destruição para o meio e fim do filme. Se pararmos para pensar, chega a ser um absurdo os recursos que os personagens principais usam para sobreviver e conduzir a história. Mas mesmo assim, esses aspectos não ofuscam toda a magnitude da obra.
Um dos melhores momentos do filme é a cena das arcas, que é sim uma forma criativa de se expor o fim do mundo e possui uma das fotografias mais fantásticas e bem feitas de ultimamente. O visual do filme é merecedor de elogios, e negar isso, é no mínimo, desleal.


Na verdade, 2012 tem muitas falhas. Tem muitos momentos anticlimax, momentos de confusão no roteiro, falha na criação da lógica dos eventos. No entanto, somando pesos e contrapesos, o filme sai com saldo positivo. A parte técnica do filme possui esse papel definidor, e é ele, que difere 2012 de todos os demais filmes de destruição que já foram feitos. 



Conclui-se, portanto, que a obra foi muito pré-valorizada por aspectos diversos, e por ser pobre dentro de seu contexto, 2012 acabou sendo renegado por algumas pessoas. No entanto, quem esperava nada mais que um belo filme de fim do mundo, saiu contente e satisfeito das salas de cinema. Não é qualquer dia que temos a oportunidade de vermos um filme tão impressionante em nossas telas, e vendo sob esse prisma, 2012 se torna um ótimo filme para se ver e se divertir. Então, dá pra próxima vez que for ao cinema, compre um grande pacote de pipocas, peça o maior copo de refri e não pense duas vezes na hora de comprar um ingresso para 2012.




9 comentários:

  1. LuEs says:

    Ahco que uma frase que você escreveu resume bastante o filme:
    2012 é um filme de ondas, terremotas, acidentes e só.

    Eu realmente não acho que esse seja um filmaço, nem se eu considerar apenas os efeitos especiais, que, como você disse, são interessantes.
    Mas o roteiro do filme é péssimo, é uma bomba atrás da outra, totalmente catastrófico - talvez para fazer jus àquilo que o filme propõe.
    Acho que você foi gentil em sua perspectiva; analisou-o com carinho, coisa que eu não fiz.
    Os dois quesitos que renderam boas notas a esse filme foram: fotografia (nesse item, eu incluo todos os aspectos técnicos) e entretenimento (porque quando o vi estava de boníssimo humor e não fui muito rigoroso).
    =)

  1. Eu não gostei de 2012 e repito o que disse nos outros blogs: é um filme chato e o que encomoda mais é a longa duração que é feita apenas para sustentar os grandiosos efeitos visuais... AbraçoQ

  1. Mesmo com todos esses erros, acho que cumpriu bem o papel de entrenter e surpreender pelos efeitos. Talvez por isso tenha se esquecido de tantos outros problemas no roteiro e nas atuações. Mas nada que atrapalhe muito no final.

  1. Todo mundo descendo a lenha neste filme. Mas, acho que vou ter a mesma percepção que a tua, Marcelo. Sério!

    O pessoal anda radicalizando demais nas opiniões...

    E este é superior ao Independence Day(que muitos idolatravam e, hoje, falam mal)!

    Abraço

  1. Achei um filme que cumpriu bem para quê veio, entreter e mostrar efeitos especiais de primeira. Apena isso, nada de mais.

  1. Pode-se dar uma nota abaixo de zero? Efeitos especiais...ok são bons, mas não acredito que só isso baste, temos que ter um minimo de roteiro interessante para que o filme sirva até mesmo com entretenimento...e eu achava que Wolverine era ruin...achei um pior...srsrrs

    Estou postando uma mini-crítica do filme la no epipocando...

    Abraços

  1. Luciano says:

    Eu sou bem fã desses filmes apocalipticos. Mas prefiro quando o foco fica no embate de pessoas com opiniões diferentes, e não nos eeitos especiais em si. E ô último ato cheio de clichês esse de 2012, hein? Gostei da sua crítica. Parabéns! Abraço.

  1. Wally says:

    Gostei muito de seu texto. "2012" foi, para mim, exatamente o que eu esperava. Bobo, ocasionalmente ridículo, mas irresistível em sua diversão. Efeitos impecáveis...

  1. Oi Marcelo!

    Gosto muito da forma como vc expõe suas opiniões e críticas. Neste aqui vc define de forma perfeita o objetivo dele: distraír o grande público com efeitos especiais de primeiríssima qualidade, sem grandes pretensões.

    E pelo que li, a proposta é esta. Vi o trailler no cinema e fiquei encantada com os efeitos. Daí, me interessei em ver o filme, mas, sem achar que vou encontrar uma obra de arte.

    Muito bem feita sua análise sobre o tema e o desenvovilmento do mesmo.

    Um abraço e uma ótima semana.