500 dias com ela

Posted: sábado, 14 de novembro de 2009 by Marcelo Augusto in Marcadores: , , ,
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500 dias com ela, de recente estréia nos cinemas, simplesmente convence. O filme trasmite harmonia do ínicio ao fim, flui por completo e faz bonito. O carisma despreendido por Marc Webb é válido e comprova que, ás vezes, uma história não precisa de mais nada para ser boa, além de uma simpática forma de ser contada.

Sim, o filme é simples assim: Summer ( interpretada pela belíssima Zooey Deschanel ) conquista, involuntariamente ( ou não ) o amor do jovem e intenso Tom ( Joseph Gordon-Levitt ). A história é de fácil acesso e de fato, em poucos minutos, estamos completamente envolvidos por ela.

O que há de verdadeiramente bom em 500 dias com ela? Com todas as certezas do mundo, respondo: simpatia. Webb pegou o que há de melhor na sua criatividade cinematográfica e conseguiu criar uma obra casual, bem dosada, acolhedora e, principalmente, harmonica. Não há o que se esconder: os efeitos da narrativa de 500 dias com ela é o verdadeiro encantamento do filme, e é ele, que contribui, e muito, para que o filme consiga o seu merecido sucesso.





Em primeiro lugar, é realmente necessário destacar que a atuação de Zooey e Joseph é essencial para que a trama se desenvolva, e que se não fosse eles como Summer e Tom, talvez 500 dias com ela passasse completamente despercebido por nós. Os dois conotam ao filme a melodia certa, trazendo á vida, o lindo e atraente romance criado nos roteiros.

Existem várias prerrogativas durante o filme que conferem á obra uma sensação de intimidade com o público, deixando-nos todos a vontade durante todo os momentos de 500 dias com ela. O filme não se perde momento algum e apesar de não apresentar uma história retílinia, consegue criar uma história coerente e circular. A película se mantém agradável em toda a sua síntese e simplesmente funciona de um jeito surpreendente e encantador.





O romance estabelecido entre Tom e Summer é baseado numa criativa dialética amorosa, configurando-se como um romance original, repleto de questionamentos, anseios e desejos. A relação dual do casal é conflituante e acaba por permear um ambiente arrojado e energético no desenrolar do filme.

O método despretencioso ao qual o filme lança mão nos faz experimentar uma sensação sólida e leve, e é uma sensação bastante análoga com as sensações que Juno e Pequena Miss Sunshine transmite. Não que isso seja negativo, pelo contrário, é justamente esse carácter que torna 500 dias com ela um filme jovial e muito maduro.





É adorável se defrontar com a intertextualidade sagaz que 500 dias com ela apresenta. Esses gaps estruturam outras dinâmicas ao filme, colaborando ainda mais com a boa sensação que temos da obra. O filme homenageia diversas outras  fontes de cultura e integra ao seu roteiro pontes cinematográficas, como os evidentes momentos alla  'Rosa Púrpura do Cairo'.

500 dias com ela é um percusso amoroso simpático que deve ser conferido. O filme ganha por transmitir, de forma bem interpretada e criada, diversas emoções durante uma relação que passa por diversas fases. Tudo está ali: a excentricidade de cada personagem, as inseguranças quanto ao futuro, a necessidade de expressar os sentimentos. Pontuado e bem criado, o filme é uma charme só.

13 comentários:

  1. Wally says:

    Ummm... como eu quero ver este filme.

  1. Mesmo aparentando não ser o meu tipo de filme, há algo que me instiga a assistir "500 dias com ela".

  1. Marcelo, gostei muito da forma como você escreve e adorei o layout do seu blog.
    Você falou certo sobre o filme: a palavra-chave é simpatia. É o que sustenta o filme.
    Não só seguirei como também te linkarei. Muito bacana.

    Abraço!

  1. Você falou muito bem que o filme passa essa simplicidade no roteiro, mas Webb sabe utilizar tudo que tem e faz desse filme um relato do amor mais verdadeiro do ano, e com uma trilha que embala qualquer casal apaixonado 'cult'.

    Gostei muito do blog, e já o coloquei no Blogroll, parabéns pelo trabalho

  1. Entrei no Google pra ver opiniões sobre o filme e daí, de um blog pro outro, caí de para-quedas aqui, e vi que você é amigo de uma grande amiga minha, a Cintia, do Cinecabeça.

    Tô indo hoje mesmo ver o filme! Seu comentário me deu água na boca... hehehehe!

    Embora meu blog não seja sobre cinema, tô falando sobre dois filmes no último post. Me dá a honra?

    www.marcelo-antunes.blogspot.com

    Abração, xará!

  1. João says:

    É mesmo isso, o filme mais simpático do ano :)

  1. Conheci a Zooey Deschanel no filme Quase Famosos, já ali percebi sua beleza e atuação delicada, gosto dela. Não conheço muito o Gordon-Levitt.

    Boa resenha, detalhou bem mesmo os aspectos precisos do filme e deixou nós, leitores, com vontade de conferir.

    Quando eu assistir, te falo, ok?

    Abraço

  1. Marina says:

    Nossa. Engraçado. Pra mim Juno e Pequena Miss Sunshine se mostraram muito mais maduros e inteligentes. 500 dias com ela me fez pensar que talvez o Marc Webb tivesse me chamando de estúpida.achei a história tão pobrezinha...
    Só divertidinha mesmo.

  1. - Peter says:

    Esse filme é maravilhoso. Entrou na minha lista de favoritos. Identificação total ccom o personagem principal.

    Eu assisti no festival do rio, com o Marc Web na platéia, o próprio diretor. ME senti o fodão esse dia hahaha

  1. Oi! Obrigado pela visita ao Epipocando! Já estou seguindo o teu blog e indicando ele la no epipocando! Você definiu bem o filme: Simpático! Descordo da Marina, qua achou a história ser "pobrezinha", acredito ser uma história profunda contada de forma leve e despretensiosa, pois nos faz pensar sobre a durabilidade do amor e de saber aproveitar cada momento enquanto ele dura. Me ensinou bastante e como disse Peter, tb já entrou na minha lista de favoritos!

    Abraços

  1. Luciano says:

    Muito boa a crítica, e concordo com o que você disse. É um filme não com a trama mais orignal de todos os tempos, mas que cativa por sua simpatia. "...jovial e muito maduro": resumiu bastante o que penso sobre ele. Parabéns pelo blog. Abraço!

  1. Legal,

    como o Joseph Gordon-Levitt tem, estado bem na fita. Mas ainda quero conferir.

    Ótima resenha, abs!

  1. Dewonny says:

    É o filme cool do ano, adorei, uma ótima surpresa, cativante e muito bacana...
    Abs. Diego.