Uma Proposta do Cinemótica
Posted: terça-feira, 8 de setembro de 2009 by Marcelo Augusto in
Boa noite, blogueiros! Finalmente, meu computador ficou normal. Deu um apagão aqui, dois dias antes do meu aniversário, e o PC fundiu. Ou seja, foi uma semana cheia por aqui em Brasília. Mas estou cá eu de volta, afinal, sou nada mais e nada menos que um blogueiro ! ;P
Primeiramente, gostaria de falar sobre meu último TOP 10 : Cinema Brasileiro. Percebi que a maioria das pessoas concordaram com ela, o que eu definitivamente estranhei ;P, afinal, sou acostumado a provocar divergências entre meus TOP 10. Lógico, teve aqueles que discordaram e sugeriram vários filmes como: Diabo na Terra do Sol, Muito Gelo e Dois Dedos de Água entre outros. Tive a oportunidade de ver Muito Gelo e Dois Dedos de Água e simpatizei com a obra, mas não chegaria a colocar no meu TOP. Mesmo assim, como sugeriram, o cinema brasileiro pede no mínimo dois TOP 10, e em breve farei mais um, já atualizado com suas sugestões!
Nesse meu aniversário tive a surpresa de receber muitos livros e dentro deles, recebi um chamado o Clube do Filme. O livro narra, a grosso modo, a história de um pai que tem um filho vagabundo demais, e que tem uma idéia ousada para 'corrigir' seu filho. A idéia é tentadora: o filho sairia do colégio, e seria sustentado pelo seu pai, com a condição de ver três filmes por semana com o pai. Interessante, hm?
Sim, o livro aborda uma temática familiar, e por isso, tem nuances psicologicas. O interessante, no ponto de vista do Cinemótica, é o cardápio de filmes que o livro discute:
A felicidade não se compra, A força em Alerta, Último tango em Paris, Quem tem medo de Virginia Woolf? , Interlúdio, Aguirre, O grande Gatbsy, Casablanca, Por um punhado de dólares, Psicose, Apocalipse Now, O poderoso chefão, Amores Expressos, Desafiando o assassino, Lolita Magnum 44, Cidadão Kane, Pulp Fiction, Quanto mais quente melhor, Veludo Azul, 007 contra o satânico Dr No e muitos outros.
Um deleite, não é mesmo? Então. O cinemótica propõe: O livro custa muito barato, míseros 20 reais. Seria interessante se os blogueiros de cinema o comprassem e semanalmente, combinássemos de ver ou rever algum desses filmes do livro. Após vermos, poderíamos abrir um tópico de discursão, para depois exposição de nossas idéias.
Interessante e dinâmico, não é mesmo? Pensei em abrir um quadro, e posteriormente, se a idéia vingasse, poderíamos anexar mais filmes ao livro e montar um verdadeiro Clube Virtual de Filmes. Sim, é apenas uma idéia.
Espero que se interessem. Seguinte: se a proposta te agrada, comenta aí, seu blog, seu nome e expressa sua vontade de aderir a idéia. Mais tarde, farei uma apuração e divulgarei por aqui!
Voltando, nesse final de semana, tomei a vergonha e fui ver o aclamado filme Orgulho e Preconceito. Fizeram tanta propaganda para esse filme, que fui ve-lo, arisco. Quase sempre, me decepciono com as opiniões de meus amigos intimos, e não esperava outra coisa. Me enganei.
O filme é tão charmoso, que é díficil não se render. A fotografia e o figurino transbordam expressão e técnica, é um vislumbre para os olhos de um crítico. Keira está estonteatemente linda nesse filme, e sua perfomance chega a ser injusta, de tão bem trabalhada. A história do filme é aparentemente simples: no fim do século 18, uma família muito unida, com cinco lindas filhas, está sedente para entrega-las aos possíveis maridos, e que de preferencia, esses maridos sejam ricos e poderosos.
O filme é uma 'comédia' romântica irreverente e bastante polida. Na trama, nos deparamos com Elizabeth [ Keira Knightley ], uma das cinco filhas, que está ficando velha demais para conseguir um bom pretendente. No meio de toda essa história, aparece na cidade os senhores Bingley e Darcy [ Matthew Macfadyen ]. O Sr Darcy é perceptivelmente um grosso, mesquinho e preconceituoso rico, com uma severa educação de se dar inveja. Na verdade, ele se trata de um enrustido amorosamente e um tanto egocêntrico, ou seja, um homem pelo qual Elizabeth, linda, romântica, irreverente, jamais iria se apaixonar.
Um engano. Ao longo da trama, vemos um romance tímido e avassalador sendo feito, e simultaneamente, vemos dois egos orgulhosos que não cedem a suas próprias tentações. Um filme simples e maravilhosamente complexo. Joe Wright concretizou uma obra impecavelmente deliciosa de se ver. Sim, perdemos, por ora, a sensação de tempo. O filme é tão bem construído e tão bem interpretado, que criamos empatia por quase todas as personagens do filme, inclusive das irritantes irmãs de Elizabeth. (Particulamente, amei a Mary [ Talulah Riley ], inclusive sua cena ao piano da festa !)
O filme é expressivo e vale muito a pena ser conferido. Sua obra é interessante desde a trilha sonora, até a obra de Nick Gottschalk e Mark Swain, na direção de arte.
Então me perguntei, próximo ao fim do filme: Por que certas pessoas detestam esse filme? O que tem o final desse filme que irrita algumas pessoas?
E então assiste, ao fim do filme. Confesso, me senti como uma criança que acaba de ser roubada. O filme é tão bem feito, que chegamos a ponto de não querer que o filme acabe tão cedo, e o filme faz totalmente o contrário: acaba bem na cena precendente do clímax tão desejado. Não vou entrar em detalhes, lógico, mas quem viu, sabe o que estou falando.
Na verdade, eu não condeno o filme por isso, e acho muito injusto quem esquece todo trabalho despreendido no filme todo e leva em consideração só o final do filme. Alto lá, não é mesmo?
Bom, para mim, o filme passou a imagem que queria e terminou o filme na cena apropriada, caso quisesse frisar o seu tema: orgulho e preconceito. Uma pena para alguns, uma boa sacada para outros. Para mim, uma ótima sacada. Orgulho e Preconceito nos ensina que estamos tão acostumados com os romances arrastaquarteirões : os personagens se conhecem, se apaixonam, brigam, e voltam no final. Cansa, não é mesmo? Orgulho e Preconceito dá uma balançada nesse mesmismo e vale a pena por isso.
Altamente indicado.
Abraços!
O&P é lindo, perfeito, o melhor filme que já fizeram do início ao fim ! hehehehehe
sou suspeita pra falar, afinal de contas é meu filme preferido, talvez justamente por todo jogo de conhecer e descobrir que estava errado, do preconceito vivido na trama, da personalidade dos personagens, sei lá. Só sei que encanta, absorve e relaxa. Faz tudo que uma comédia romantica deve fazer e um pouquinho mais.
Muito bom o post, e fica a recomendação para a leitura do livro que baseou o filme da escritora inglesa Jane Austen.
No mais, muito interessante a história do livro "clube do livro", eu espero que os bloqueiros gostem e a ideia vingue.