Resenhas Rápidas
Posted: quarta-feira, 19 de agosto de 2009 by Marcelo Augusto in Marcadores: Agatha, Assassinato, Bacall, Bacon, fotografia, Ingrid, Oriente, Poirot, rápidas, resenhas, Sean Connery, Trilhos do DestinoTive que passar correndo hoje para postar algumas resenhas que venho preparando desde semana passada sobre dois filmes: Trilhos do Destino e Assassinato no Expresso Oriente. Espero que curtam!
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 100 minutos
Sinopse:Kevin Bacon e Marcia Gay Harden nos dão performances emocionantes em Trilhas do Destino, um conto da diretora Alison Eastwood e que fala sobre pessoas em crise e emoções ao extremo. Bacon vive Tom Stark, um engenheiro ferroviário incapaz de encarar de frente a enfermidade de sua esposa (Harden). Então, um terrível acidente de trem deixa um menino órfão. Tom acolhe o garoto em sua casa e - passo a passo, conquista por conquista - aprende como resgatar seu relacionamento com a esposa que ama a partir do momento em que abre seu coração ao menino, que necessita muito de uma família que dê segurança e amor.
Crítica: Trilhos do Destino tenta usar a fotografia á seu favor, e de imediato, parece que funciona. Ocorre que após vermos o filme, notamos que na verdade, a fotografia arrasou com o contexto da obra. O filme é dividido em duas partes: a primeira, quando vemos os abismos de cada personagem ( a rustidão de Tom, a crise de existencialismo de Megan por causa de sua doença terminal, e as dificuldades do garoto Davey após o suícidio da mãe na ferrovia de trem ) e a segunda , onde vemos o reencontro de cada personagem consigo mesmo e com os que estão ao seu redor, atribuindo vida aqueles que estavam mortos por dentro.
A primeira parte era para ser melancolica e consegue: logo, o diretor abusa dos fadings, das músicas tristes e da dramaticidade dos personagens. O problema é que essa parte torna o filme essencialmente frio.
Megan interpreta uma personagem que deveria ter seu carisma, pois trata de uma mulher quarentona infeliz e com pouco tempo de vida para realmente ter a vida que nunca teve. Ela deveria ter seu feeling, mas isso simplesmente não ocorre. Pode-se dizer que Hardem não merecia esse papel, uma vez que a sua personagem é imcompatível com seu talento artistico, já que Megan depende de uma delicadeza profissional para criar vida nas telas, e a Hardem é conhecida pelo seu punho másculo de interpretação . O garoto do filme, Darvey , ele é pífeo.
Não chegamos a gostar de Davey, não nos solidarizamos com seu pesar, e logo não criamos uma identificação com a personagem.
Logo, a segunda parte, que era para ser mais animadora ( mesmo com a morte de Megan ), é tão fria quanta a primeira parte. Existem tentativas: Bacon esboça alguns sorrisos forçados, as personagens se tocam mais e a trilha sonora tenta dar consistência a mudança agradável dos envolvidos. Mas tudo isso não se passam de tentativas. Não conseguimos acompanhar o processo de crescimento dos personagens, e somos obrigados a ver uma obra gélida e vazia. A fórmula do filme era certa, mas sua aplicação abusou demais de recursos que não encaixam, nem na trama, nem com os atores.
2 - Assassinato no Expresso Oriente
Nome em Inglês: Murder on the Orient Express
Gênero: Suspense
Tempo de duração: 115 minutos
Sinopse: Hercule Poirot (Alfred Molina) o famoso detetive, está no histórico "Expresso do Oriente". Conhecendo a inteligência de Poirot, o empresário Samuel Ratchett, um homem com muitos inimigos, pede a ele que sirva como seu guarda-costas durante a viagem. Porém, Poirot não gosta muito do empresário e se recusa a servi-lo. Na primeira noite, enquanto todos dormem, Ratchett é assassinado.
Os passageiros acordam exaltados pelo fato do trem estar parado e com a notícia que isso poderá durar horas, longe de civilização e sem meios de se comunicar com outras pessoas. Poirot descobre que Ratchett foi responsável por um dos mais cruéis assassinatos do passado e que obviamente, o assassino é um dos 12 passageiros do vagão, assim o mestre terá que correr para descobrir quem é o assassino antes que o trem continue sua viagem.
Crítica: O filme é sensacionalmente sombrio e cômico. Com a participação de : Lauren Bacall, Ingrid Bergman, Jacqueline Bisset, Michael York, Sean Connery, Anthony Perkins, Rachel Roberts e Vanessa Redgrave, o filme é uma obra prima do suspense, onde vemos um suspense enigmático e entramos na história pela sensação de mistério que o filme tem. O filme se baseia num interrogatório de cada personagem excêntricamente estranho e complexo, onde Poirot procura através de gestos e armadilhas investigativas achar o verdadeiro assassino a bordo. O filme narra a empreitada do conhecido detetive Poirot em esbarrar em cada suspeito e encontrar algum ponto para encontrar o culpado. Um verdadeiro filme de suspense, sem as parafernalhas típicas de tribunais, advogados vazios e tramas repetitivas que vemos hoje.
Destaque para todo o elenco que souberam muito bem lidar com os olhares suspeitos, e todos os tiques de suspeitos de um crime. Quase não conseguimos encontrar no nosso íntimo o verdadeiro assassino, mas é possível encontra-lo no decorrer da trama, ou seja, não nos deparamos com aquele tipo de filmes que tornam fabulosamente impossível de se encontrar o assassino, perdendo assim a essência de um filme verdadeiramente investigativo.
O final do filme é o seu chequemate. O fim consagrou Agatha e consagrou sua obra como, para alguns, a melhor obra dela. O final é tão imprevisível e mirabolante que ficamos sem palavras ao tentar descreve-lo. Além disso, o filme tem o seu tom de suspense próprio, e vale destacar os primeiros cinco minutos do filme, onde a técnica de filmagem nos faz prender a respiração, e nos faz entrar definitivamente a bordo da história.
Adoro filmes. Esse assassinato no Expresso deve ser incrível, fiquei com vontade agora...
obrigado pela dica! adorei o post!